Histórico

HISTÓRICO DA EMEI DONA ANA ROSA DE ARAÚJO

A EMEI Dona Ana Rosa de Araújo foi inaugurada em 25 de janeiro de 1960, pelo então Prefeito de São Paulo, Dr. Ademar Pereira de Barros, com o nome de Parque Infantil Jardim Ana Rosa. Posteriormente, foi denominada de EMEI do Jardim Ana Rosa e somente em 23/07/1986, passou a ter a denominação atual pelo Decreto nº 22.792/86.

Em 1978, foram realizadas pesquisas em órgãos e imprensa oficiais e não foram encontrados registros do Decreto de criação do Parque Infantil Jardim Ana Rosa, bem como dados biográficos mais consistentes da patronesse Dona Ana Rosa de Araújo.

BREVE BIOGRAFIA DA PATRONESSE

A nossa Patronesse nasceu na cidade de São Paulo no dia 4 de setembro de 1778 e era filha do Capitão Manoel Antônio de Araújo e Joaquina de Andrade de Araújo. Ela morava na Rua da Imperatriz, atual Rua 15 de novembro. Quando completou 28 anos de idade, casou-se com o Capitão Ignácio Correia Galvão, natural de Vila Guaratinguetá. Quando ficou bem idosa, decidiu fazer seu testamento.

Como não possuía herdeiros diretos, resolveu fazer de seus bens uma porta de entrada para os necessitados. Ela ditou seu testamento ao Cônego Joaquim do Monte Carmelo, assinando-o no dia 10 de junho de 1860. Nele figuravam como testamenteiros o Capitão Manoel José de França (seu

cunhado), o comendador Joaquim José da Silva, Joaquim Floreano de Toledo, Luís Antônio de Souza Barros, Francisco Antônio de Souza Queiroz, Vicente de Souza Queiroz e Lúcio Manoel de Santos Campelo.

A abertura de seu testamento ocorreu no dia 10 de julho do mesmo ano. Suas vontades eram simples: três quartos de seus bens deveriam ser distribuídos em esmolas aos pobres, podendo o testamento, a seu arbítrio, doá-las a obras pias. Declarava, ainda mais, que, para prestação de suas contas não seria o seu testamento obrigado a exibir em juízo outro documento além do juramento de haver plenamente satisfeito às suas disposições.

Alguns dos testemunhos nomeados já haviam falecido quando se deu a abertura do testamento e outros se encontravam ausentes no país.

Dentre os que aqui se encontravam, a escolha recaiu no nome do Senador Francisco Antônio de Souza Queiroz. Para atender o desejo da finada, ele preferiu optar pela cláusula de aplicação das três quartas partes do legado em obras sociais.

Dotar a cidade de uma associação de amparo à infância já fazia parte das cogitações do senador. Aquela determinação testamentária teve mérito de firmar sua decisão nesse sentido. Ao legado de R$ 135 mil reais dar-se-ia ao melhor destino.

Reunindo as contribuições de parentes e amigos às suas, o senador completou os fundos necessários à formação da “Sociedade Protetora da Infância Desvalida”, hoje “Associação Barão de Souza Queiroz, de Proteção à Infância”, fundada a 10 de novembro de 1874.

Em homenagem à memória de Ana Rosa de Araújo Galvão, recebeu o internato da entidade o nome de Instituto D. Ana Rosa. Em homenagem a sua bondade e preocupação com as gerações futuras, a estação de Metrô da linha verde recebeu seu nome, próximo à EMEI.

(Informações compartilhadas pela Presidente da Associação de Moradores da Aclimação, Sra. Eliana Lucania).

 HISTÓRICO DO TERRITÓRIO DA ESCOLA / BAIRRO DA ACLIMAÇÃO

Consideramos que para este Projeto Político Pedagógico é importante que aspectos de localização, territorialidade e da memória de nosso bairro o componham, na perspectiva da Educação Integral vinculada às características locais e especificidades dos sujeitos.

A história do Bairro da Aclimação está diretamente ligada à história do Parque da Aclimação ou Jardim da Aclimação, como é conhecido. Em 1892, o médico Carlos José Botelho, nascido em Piracicaba, adquiriu uma grande extensão de terras cobertas de áreas verdes na região, chamada Sítio Tapanhoim, e resolveu reproduzir ali o Jardim D’Acclimatation de Paris. No local havia espaço para aclimatação e exposição de gado leiteiro importado, o que logo atraiu o interesse de pecuaristas.

Na região também foi criado o primeiro zoológico paulista, um centro pioneiro de pesquisas em cancerologia, o primeiro silo da América Latina e o primeiro clube de equitação do país. Em 1916, a região toda era chamada de Aclimação.

Por volta de 1930, a família Botelho iniciou o loteamento da região, principalmente das terras de propriedade particular adjacentes ao parque. Começaram a ser povoadas as ruas e alamedas, formando os bairros que depois se tornariam subdistritos da Aclimação.

Em 1939, o Jardim da Aclimação, cuja área era de 182 mil metros quadrados, foi comprado pelo então prefeito Prestes Maia, pois os filhos de Botelho passavam por dificuldades financeiras. Em 1940 foi criada a Paróquia da Aclimação, na Igreja Nossa Senhora do Carmo.

Na década de 1950, a área ganhou também uma biblioteca, uma Concha Acústica, um playground e um campo de futebol. O bairro foi se desenvolvendo ao redor do parque e se tornando eminentemente residencial.

A partir de 1970, a expansão imobiliária fez surgir muitos edifícios, marcando a verticalização do bairro, o aumento da população e o consequente crescimento do comércio.

No decorrer da década de 1980, a associação dos moradores do bairro e dos defensores do parque, juntamente com entidades ecológicas, mobilizaram-se e conseguiram o tombamento do Parque da Aclimação, feito pelo Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Arquitetônico.

Mesmo com todas as transformações, a Aclimação continua a ser considerada uma região de relativa tranquilidade dentro da cidade de São Paulo.

Fonte: Biblioteca Pública Raul Bopp

O ano letivo iniciou-se com o estabelecimento de um relacionamento de parceria com o Conselho Gestor do Parque da Aclimação, através de Eliana Lucania. Ela, além de Conselheira no citado Conselho é também Presidente da Associação de Moradores da Aclimação e pretendemos então, desenvolver conjuntamente processos formativos com os educadores de nossa EMEI e desenvolver ações e projetos com estudantes e famílias.